quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Por um momento...


Bebia os vértices daquelas palavras doloridas, que rasgavam-lhe a garganta e a honra. Bebia fundo as vontades e as amarguras. Bebia largo os espantos e os excessos, e a saudade que o devorava como uma canção não preenchida. Bebia seus amores, amigos e emoções, e toda bela forma de existência era bebida e embebecida. Era a forma que encontrou de sucumbir os desejos eminentes de querer ser muito mais do que ele era. A forma mais imprecisa de matar a consciência que lutava para sobreviver.

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