domingo, 22 de julho de 2012
A História secreta.
É. Você me disse uma vez das coisas secretas que você pensa e sonha. Da história secreta que escreve, e que ninguém leu.
Mas sabe, todos temos essa coisa secreta que ninguém sabe, até que um dia vem à tona para o mundo.
E sempre que eu penso nisso, dá vontade de ler aquelas suas coisas secretas que você pensa que ninguém sabe, mas todo mundo sabe e comenta, e você fica se sentindo especial porque ninguém sabe do seu grande segredo, da sua grande sacanagem mundial, da sua imperfeição mais coerente, nesse mundo de gente esperta.
Você aprimora seu conhecimento de não se surpreender mais, e fica assim, como quem não quer nada, à espreita de alguma nova emoção - ou qualquer emoção que seja - porque você não é mais aquela garota que acredita em contos de fadas, você convive com tontos e fatos, e isso deixou-te perturbada demais.
Escreveu um fracasso, que foi um sucesso, e aquele conto secreto foi um sucesso calado, daqueles que impõe respeito e que você não precisa de mais ninguém, além de você mesma para apreciar cada detalhe contido naquelas linhas. Você é seu passo, seu traço, sua noite. Sua vida, seu encanto, e sua natureza secreta está ali, solta, dilatada, delatada, e só você a lê.
Mas quem está ao seu redor também leu, leu em você, no seu caráter, no seu olhar, na sua caminhada e nas coisas que você conta.
A história secreta é um bem comum, onde ninguém confessa nem conta a ninguém. Ela fica ali, para apreciadores noturnos se gabarem, imaginarem.
A história, que é sua, virou do Mundo e você nem sonha.
É, você faz bem demais a esse mundo sem memórias. Pelo menos para mim, a história secreta vive, e eu amo cada momento seu, que está escrito nela.
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